terça-feira, 4 de maio de 2010

EUA prendem suspeito de tentativa de ataque a Nova York

Por Veja.com


O FBI anunciou na madrugada desta terça-feira a prisão de um homem suspeito de envolvimento no atentado frustrado com um carro-bomba na cidade de Nova York, no último sábado. Trata-se de um paquistanês de origem americana que foi capturado pelos agentes federais no Aeroporto Internacional JFK, em NY, enquanto tentava embarcar em um voo com destino a Dubai, nos Emirados Árabes.

O secretário de Justiça americano, Eric Holder, disse na manhã desta terça que o paquistanês Faisal Shahzad, de 30 anos, será apresentado em poucas horas à Justiça Federal para prestar esclarecimentos. Holder ainda afirmou que, apesar da detenção de um suspeito, as investigações não estão encerradas. "Continuaremos atrás de numerosas pistas. Está claro que a intenção era matar americanos".

Um agente federal que preferiu não ser identificado disse à rede americana CNN que, por pouco, Shahzad não conseguiu embarcar. "Nós o pegamos no último segundo", afirmou. O avião já se preparava para decolar, com o suspeito a bordo, quando o FBI ordenou que o piloto suspendesse a partida.

Segundo o jornal The New York Times, Shahzad foi identificado como o comprador do carro modelo Nissan Pathfinder, de 1993, onde a polícia encontrou os artefatos explosivos. O veículo estava parado em uma das regiões turísticas mais movimentadas de Manhattan, a Times Square. O suspeito foi filmado trocando de roupa por uma das 82 câmaras de vigilância policial.

O Nissan Pathfinder continha dispositivos pirotécnicos, galões de propano, gasolina, fios elétricos, fertilizante e dois relógios detonadores. A polícia explicou que se a bomba explodisse, criaria uma "significativa bola de fogo" capaz de matar várias pessoas. Segundo o jornal The Washington Post, os investigadores trabalham com a tese de que haja um complô com conexões no exterior. "Não se surpreendam se houver uma conexão estrangeira. Estão buscando mais indícios que apontem nessa direção", disse um funcionário americano citado pelo Post, que preferiu não ter o nome divulgado.

Embora o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e a secretária americana de Segurança Interna, Janet Napolitano, tenham dito que não há evidências de que a tentativa de atentado tenha ligação com alguma grande rede extremista, como a Al Qaeda ou o Talibã, a Casa Branca caracterizou a ação, pela primeira vez, como um ato do terror. "Qualquer um que tivesse o tipo de material que eles tinham num carro na Times Square, eu diria que isso se destinava a aterrorizar, absolutamente", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, a jornalistas. "E eu diria que quem tiver feito isso seria categorizado como terrorista, sim."

Nenhum comentário:

Postar um comentário