segunda-feira, 29 de março de 2010

O partidarismo da APEOESP e o absurdo da polícia

Leiam as frases abaixo, depois volto:
“Por isso, colegas e amigos, em outubro, nós temos um grande compromisso, dia 3 de outubro, dizer de uma vez por todas, varrer da face da terra de São Paulo o governador Serra e o partido que se chama PSDB”

"A greve vale a pena e é nossa única oportunidade de quebrar esse governo. Serra disse que vai declarar a sua candidatura nos próximos dias. Nós estaremos lá para dizer que ele não será presidente da República".

“Já estamos em campanha, e vamos fazer um campo de batalha no campo pró-Dilma”.

“Nós estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador"

“Acertamos a tática que mais acumula. Por isso, essa semana, para nós, é a semana decisiva; é a semana em que ele pede demissão da condição de governador para cuidar como (sic) candidato à Presidência e, por isso, nós precisamos de táticas".

“Nós vamos promover um grande bota-fora no dia 31”

"Não será, Serra! Você não será presidente da República. Isso está escrito nas estrelas"
Voltei:
Bom, aí vem dizer que a greve é justa, que não existe partidarismo, que tudo ocorre em seu devido lugar.Estado de direito é agir dentro da lei.Partidarismo antes da hora, é crime.

Leiam abaixo a matéria da Veja, sobre protestos do professores e delegados de SP:
Os protestos de delegados e professores de São Paulo evidenciam motivações políticas neste ano eleitoral. Muitos dos pedidos estão distantes da realidade nacional. Os delegados paulistas querem, por exemplo, ganhar mais que a cúpula da polícia de Nova York. Os professores querem um aumento que inviabilizaria o funcionamento da Secretaria de Educação. O governador José Serra (PSDB) será candidato à Presidência.

No caso dos professores, o reajuste salarial exigido pelo movimento grevista aumentaria em 3,5 bilhões de reais por ano o gasto com a folha de pagamento. O Orçamento da Secretaria de Educação de São Paulo é de 16 bilhões de reais, dos quais 10,4 bilhões já estão comprometidos com salários. Se o valor gasto com salários chegar a 13,9 bilhões, sobrarão apenas 2,1 bilhões para pagar transporte dos alunos, merenda, material, obras etc.

Os delegados de Polícia Civil iniciaram esta semana uma “operação padrão”, que promete tornar mais lento o atendimento ao público. Os líderes do movimento não descartam uma interrupção total dos serviços nas delegacias, caso o governo não se manifeste.

A Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de SP) reivindica uma reestruturação que inclua o reconhecimento da profissão como carreira jurídica, o que possibilitaria equiparar o salário de um delegado ao de um promotor.

Em 10 anos de carreira, o delegado ganharia cerca de 20 mil reais, ou US$ 11 mil por mês. Com 13º salário e férias chega-se a um total de US$ 149 mil por ano. Entre os mais de 40 mil policiais de Nova York, apenas onze da alta hierarquia recebem os maiores pagamentos da corporação, que somam US$ 138 mil por ano. Quando se aposentam, os americanos levam apenas 50% do salário.

“A questão salarial está chegando a um absurdo. Todos os policiais brasileiros querem ganhar o que nenhum policial do mundo ganha”, diz José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da PM, ex-secretário nacional de Segurança Pública no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Esta semana a Apeoesp (sindicato dos professores da rede de São Paulo) organizou nova manifestação de professores da rede estadual, em greve desde o começo do mês. O protesto terminou em confronto com a Polícia Militar e quatro professores foram detidos.

A entidade quer um reajusta salarial de 34%, afirmando que nenhum reajuste foi concedido desde 2005. O custo anual seria de 3,5 bilhões de reais. Mas, considerando todos os reajustes nas tabelas e as gratificações concedidas, os professores de primeira a quinta séries tiveram sua remuneração aumentada em 36%. De quinta a nona séries e no Ensino Médio, o aumento foi de 38,2%.

A folha de pagamentos da Secretaria de Educação cresceu, entre 2005 e 2009, de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões, ou 33%.

Comento de novo:
O absurdo é visível nos dois casos: Delegados e professores.
Vejam:
Os policiais de SP, querem ganhar mais do que os de Nova York, a diferença básica é que: Os de Nova York são melhores que os nossos e bem menos exigentes.
Quanto aos professores, não preciso dizer que tudo isso não passa de um showmício em favor da guerrilheira bandida.

3 comentários:

  1. Acho que os policias deveriam ganhar mais. Eles são melhores preparados até por ter mais verba. Junto isso ao fato de morrerem muito mais policias aqui do que lá, e creio que pelo risco, devem ganhar mesmo mais.
    Quanto aos professores eles não ganham tão mal assim - estudo Letras, acompanho.

    abç amigo
    Pobre Esponja

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  2. bom, não sou a favor de greve, porém acho q tanto policiais quanto professores são pouco remunerado, perante a responsabilidade social que exercem, exigir absurdo não é viavel porq somos sub-mundo, apesar de todo o dinheiro que deveria ser investido publicamente ir parar nos bolsos desses falsarios politicos, enfim, acho justo um aumento cabivel,não exorbitante, e a politica só sera definitavemnte boa quando nao houver mais politica!

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  3. Não tenho propriedade para falar de policiais, mas o aumento salarial dos professores é uma necessidade. Sem os professores, nenhuma profissão funcionaria, já que eles é que dão a base a todos nós. Muitos professores se sacrificam dando aula em três turnos por dia - muitas vezes em escolas diferentes - e aulas particulares no final de semana, para poder sustentar uma casa com dois filhos. Se não há verba para educação, que essa seja dobrada!

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